Fonte: Imobi Report 07/03/2023
De positivo temos o crescimento anual de 6,9% no PIB da construção civil. O setor teve papel de destaque na economia em 2022, apoiando, inclusive, a queda do desemprego em todo o país. Para corretores e imobiliárias, isso indica que o cenário é de caixas saudáveis e maior confiança junto às entregas do setor construtivo.
Entretanto, mesmo com boa geração de receita, o setor de construção reduziu em 8,6% o volume de lançamentos e de 3,2% nas vendas em 2022 em relação ao ano anterior. Esta foi a primeira queda nesses números após cinco anos seguidos de crescimento.
O que explica a retração? Grandes players do mercado, como a MRV, não hesitam em culpar a taxa de juros como principal vilã, em um coro quase permanente para que a Selic seja reduzida. Também são elencados pedidos como o aumento do funding da poupança voltado para financiamentos – modalidade que, inclusive, perdeu fôlego em janeiro, de acordo com a Abecip.
Diante dos desafios, o empresariado está mais conservador em suas projeções para 2023. Segundo levantamento realizado em parceria entre o GRI e a consultoria Brain, apenas 46% estão investindo recursos para crescer, menor patamar desde o início da pandemia, quando o total era de 38%. Hotéis e escritórios são considerados os segmentos mais arriscados, enquanto residencial, loteamentos e galpões seguem com atratividade.