Fonte: época Negócios 02/12/2010
Na briga entre escritório e home office, não parece haver vencedor. Os dois carregam vantagens e desafios, e o custo-benefício varia entre profissionais, áreas, empresas e até países. Mas uma coisa é certa: a experiência com trabalho remoto em 2020 deixará marcas permanentes – e as empresas precisam repensar seus espaços se quiserem mantê-los relevantes. Esse tema foi discutido em um painel do Web Summit 2020 no dia 02/12. A maioria dos executivos e empreendedores que participam do evento, de diferentes áreas, concorda que não há um modelo ou espaço de trabalho ideal para todos. A experiência com home office é diferente, por exemplo, entre quem tem um cômodo para trabalhar isolado e quem divide um espaço comum com familiares. Outros fatores importantes e variáveis são a ergonomia e tempo de locomoção. Daí a ideia de estabelecer um modelo híbrido, aproveitando as vantagens dos dois modelos. Nos modelos híbridos, ainda é preciso pensar em como conectar equipes que estão em lugares diferentes. Se o único participante remoto em reunião virtual, por exemplo, pode ser um fator inibidor para algumas pessoas.
COMO ANDA O MERCADO DE ESCRITÓRIOS DE BH?
Belo Horizonte possui um estoque de 2,7 milhões de m2, distribuídos em 566 edifícios de lajes corporativas e offices (todas as classes). A ocupação é de 2,3 milhões de m2 com uma taxa de vacância de 14% (fechamento do 3º trimestre). O universo corporativo corresponde a 1,4 milhões de m2 com 16% da taxa de vacância. Quando se fala sobre o mercado de alto padrão são 560 mil m2, com 13% de taxa de vacância. Um dado importante é que 30% destes imóveis estão ocupados por órgãos públicos, na sequência 16% são ocupados por empresas de energia e mineração. Bancos, empresas de tecnologia, advocacia e outros fecham o perfil dos empreendimentos.