O setor brasileiro de Shopping Center tem apresentado uma rápida recuperação, que deve ser consolidada ao longo de 2022. Essa recuperação está apoiada na elevada cobrança de aluguel, apesar do cenário econômico desafiador no Brasil, informa a agência de classificação de risco Fitch Ratings em relatório.
Segundo a agência, os operadores de Shopping Centers conseguiram reduzir os descontos dos aluguéis, concedidos durante a pandemia. Além disso, conseguiram ajustar os valores, com a inflação de dois dígitos no Brasil contribuindo para maiores ajustes, ao mesmo tempo em que tem efeito limitado nos custos.
Após dois anos de performance mais fraca devido à pandemia, as vendas dos locatários ultrapassaram os patamares de 2019, em 5% a 15%, no grupo de empresas avaliadas pela Fitch desde o quarto trimestre de 2021 – Aliansce Sonae, BR Malls, Iguatemi e Multiplan.
Os custos de ocupação dos locatários permaneceram relativamente estáveis, apoiados pela qualidade e boa localização de seus ativos. A média do custo de ocupação reportado pela carteira da Fitch foi de 14% no primeiro trimestre de 2022, ligeiramente acima da média histórica de 12%, mesmo em meio a condições macroeconômicas fracas.
A agência projeta geração de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) maior em 2022 ante 2019, ou ao menos no mesmo patamar, incorporando elevadas taxas de ocupação de 95% e independência líquida abaixo de 5%. Para 2022, a Fitch projeta EBTIDA sobre despesa financeira acima de 2,5 vezes para a carteira de shoppings.
Fonte: Revista Buildings / Valor Econômico 22/06/2022
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