A máxima do setor imobiliário de que o valor real de um imóvel não se limita a seu preço de mercado, mas à plena satisfação de um desejo, está mais uma vez comprovada. É o que demonstram vários índices de desempenho da construção civil no segmento residencial de alto luxo, o mais recente deles, o Indicador ABRAINC-Fipe. O estudo apontou que, nos três primeiros meses deste ano, o volume de imóveis vendidos no país dobrou em relação ao mesmo período do ano passado: passou de 4.571 para 9.553 unidades de médio e alto padrão, o que equivale a um crescimento de 109%.
No quesito lançamentos, os números do primeiro trimestre de 2022 mantêm a curva de expansão, com aumento de 35,6% em comparação a igual período do ano passado: 10.013 novas unidades dentro da classificação médio e alto padrão. Mais especificamente no segmento de luxo e alto luxo. Pesquisa da consultoria Brain Inteligência Estratégica, realizada em janeiro e fevereiro, já havia confirmado a tendência de crescimento no volume de lançamentos, com uma taxa de 14% em relação ao primeiro bimestre do ano passado.
Mas, na avaliação de especialistas no mercado, toda essa movimentação no segmento de luxo e alto luxo ainda é resultado do processo de ressignificação da moradia provocado pelo isolamento social imposto pela Covid-19. É o que afirma o diretor de Lançamentos e Operações da Bossa Nova Sotheby’’, João Roberto Balan.
“As pessoas repensaram seus valores e, ficando mais em casa, começaram a reparar em muitos aspectos que antes passavam despercebidos. Estamos falando de um público formado por altos executivos e por empresários de grande relevância, pessoas que sempre trabalharam mais de 14 horas por dia e viviam de uma cidade para outra, passando pouquíssimo tempo em casa”, analisa.
Essa efervescência no segmento de alto padrão, aposta o executivo da Bossa Nova Sotheby’s, deverá se manter pelos próximos anos, com a movimentação de incorporadoras e construtoras em busca de oportunidades para o lançamento de empreendimentos de luxo com muita sofisticação.
“Quem conseguir lançar produtos em regiões valorizadas, e dentro de um alto padrão arquitetônico, vai continuar chamando a atenção desse público, porque são produtos irreplicáveis, especialmente em razão da escassez de terrenos”, conclui.
Fonte: ABRAINC / Valor Econômico 20/06/2022
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