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Forte alta das vendas pela internet ampliou a demanda por espaço, mas trouxe junto investimentos em novos centros de distribuição. Como ficam os preços?
A chegada da pandemia ao país em março trouxe junto medidas de isolamento social que reforçaram o crescimento do comércio eletrônico no país, levando a novos investimentos de empresas como Mercado Livre, Magazine Luiza e Amazon para dar conta da demanda crescente. Como consequência, o setor de logística se aproveitou dessa onda, assim como fundos imobiliários que investem no segmento. Contudo, a oferta de novos galpões também avançou, o que cria um alerta para quem aplica nesses fundos e no segmento. Pesquisa da consultoria JLL mostra que no terceiro trimestre deste ano a vacância no segmento atingiu o menor valor desde o início de sua série histórica, em 2013. A vacância registrada foi de 17,49%, em média, em todas as regiões monitoradas pela pesquisa, predominantemente São Paulo, mas também Rio de Janeiro, Minas Gerais e algumas capitais das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sul. Em 2013, a taxa estava em 21,78%; e ela chegou a 28,16% em 2016, no ápice da crise econômica para o segmento. O aquecimento também se reflete nos preços. Em São Paulo os valores estão relativamente estáveis desde 2019: no início do ano, as unidades eram alugadas com um preço por volta de 18,60 reais o metro quadrado, uma diferença de 16% do preço transacionado. No terceiro trimestre deste ano, o preço subiu para 18,98 reais o metro quadrado, e a diferença do preço transacionado diminuiu para 12%.
Fonte: Exame Invest